De acordo com uma pesquisa conduzida pelo Ibope, em 2018, 14% da população brasileira se identificam como vegetarianos. Os dados foram divulgados pela Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB) e mostram uma tendência interessante de crescimento no número de pessoas que aderem a esse movimento.
Apesar disso, muitos ainda têm questionamentos sobre os termos envolvidos nesse contexto. Um dos maiores exemplos é qual é a diferença entre veganismo e vegetarianismo, duas palavras semelhantes, mas com significados diversos. Quer conhecer mais sobre esse estilo de vida e tirar as suas dúvidas? Então, vem com a gente!
O que é veganismo?
Veganismo é um estilo de vida que consiste na abolição do uso de qualquer tipo de ingrediente ou produto que tenha origem animal. Isso inclui não só a dieta — ainda que esse seja um ponto de destaque —, mas também, a utilização de roupas, produtos de beleza, produtos de limpeza e muito mais.
Uma informação importante é que isso é feito dentro das possibilidades de cada pessoa. Medicações, vacinas e outros itens são fundamentais para a vida, e nem sempre entram nessa equação.
O que é vegetarianismo?
Com esse conceito, vai ser mais fácil entender a diferença entre veganismo e vegetarianismo: os vegetarianos são pessoas que deixam de consumir carnes. No entanto, elas ainda consomem ovos, laticínios e outros tipos de produtos, como o mel.
O foco é abolir da alimentação tudo aquilo que seja proveniente da morte de outros animais. Vale a pena lembrar que ingredientes como a gelatina também estão inclusos nessa lista.
O vegetariano pode optar por excluir da sua rotina os produtos que tenham passado por testes em animais — como é o caso dos veganos. No entanto, isso não é uma regra para esse estilo de vida.
Qual é a diferença entre veganismo e vegetarianismo?
Como podemos perceber, os veganos e os vegetarianos têm muito em comum. Os dois grupos prezam pelo bem-estar animal e se preocupam com esses seres, evitando o consumo de produtos que podem fazer mal a eles de alguma forma.
No entanto, os veganos não consomem nem utilizam nenhum tipo de produto de origem animal. Isso inclui tecidos — como a seda e a lã —, alimentos — como os ovos, o leite, o mel e outros —, produtos que passaram por testes em animais ou têm, em sua composição, insumos com essa origem e muito mais.
Além disso, não frequentam eventos que utilizam esses seres — como os rodeios — e levam uma vida com foco na minimização dos impactos na vida animal. Os vegetarianos, no entanto, podem ou não aderir a esses ideais de estilo de vida. No entanto, não consomem carnes e podem ser divididos nos seguintes grupos:
- ovolactovegetarianos: consomem ovos e lácteos;
- ovovegetarianos: consomem ovos;
- lactovegetarianos: consomem lácteos.
Quais são os motivos para alguém aderir ao veganismo ou vegetarianismo?
Há muitas razões para alguém se tornar um vegano ou vegetariano. A primeira, é claro, envolve o bem-estar animal. Essas pessoas costumam ser muito empáticas e se preocupam com a qualidade de vida desses seres. No entanto, isso não é tudo.
A saúde é outra razão pela qual muitas pessoas se engajam em alimentações sem carne. Há benefícios comprovados para esse tipo de dieta, como a redução dos riscos de desenvolvimento de doenças cardíacas e muito mais.
Por fim, há a questão do meio ambiente. O consumo de carne é reconhecido como um dos maiores impactantes para a saúde do planeta, com gasto excessivo de recursos naturais. Por isso, os principais órgãos de preservação recomendam que o consumo desses ingredientes seja reduzido no dia a dia, ainda que a pessoa não queira cortá-los da dieta de forma definitiva.
Dieta sem carne é saudável?
Claro que sim! Nutricionistas e outros profissionais da saúde entram em consenso quando o assunto é a qualidade das dietas vegana e vegetariana. Esse tipo de alimentação não é só saudável, como também, sustentável e conhecido por trazer bem-estar e energia para aqueles que se engajam nessa luta.
A dieta sem carne — e, até mesmo, sem outros insumos de origem animal, como é o caso do veganismo — é rica em proteínas, vitaminas, minerais, fibras e vários outros nutrientes essenciais para a vida. Tudo o que você precisa é saber diversificar os alimentos.
No entanto, como em qualquer tipo de alimentação, é preciso tomar alguns cuidados. A suplementação de algumas vitaminas — como a B12 — é imprescindível, e check-ups frequentes também são recomendados.
Como fazer as substituições em uma dieta desse tipo?
Uma pergunta muito frequente quando se fala em um cardápio para vegetariano é sobre as fontes de proteínas. Temos uma boa notícia, caso você esteja pensando em migrar para o veganismo ou vegetarianismo: não há motivo para se preocupar.
A combinação clássica de feijão e arroz é uma grande aliada da busca por proteínas, pois contém todos os aminoácidos necessários para formá-las. Além disso, há proteínas em grão-de-bico, lentilha, ervilha, quinoa e praticamente todos os alimentos vegetais que conhecemos. Você só precisa aprender a diversificá-los em seu dia a dia!
Não se esqueça de que quem faz dieta vegetariana pode comer ovo. Essa é outra excelente fonte de proteínas para quem tirou a carne do cardápio, podendo variar entre ovo mexido e ovo cozido, por exemplo. Já para os veganos, há a opção de substitutos de ovos plant-based, o famoso N.OVO Receitas, que é uma verdadeira delícia!
Então, se você está pensando em embarcar nessa jornada, vale a pena aprender como cozinhar ovo e, mais do que isso, descobrir como armazenar ovo cozido. Procure, também, estimular o seu paladar e tentar diferentes preparos para ingredientes que você já conhece. Essa é uma alimentação muito rica. Não se limite e explore novos sabores, texturas e combinações.
Gostou de saber mais sobre a diferença entre vegetarianismo e veganismo? Agora, quem sabe, você não se sente inspirado para pesquisar mais sobre esse estilo de vida e fazer com que ele faça parte do seu dia a dia, não é mesmo?
Ao longo do artigo, você viu sobre a substituição do ovo na dieta vegana. Você sabe quais são os diferentes tipos de ovos? Vale a pena conhecer para incluí-los em sua rotina alimentar!